Varejo precisa se reinventar e apostar em inovação para sobreviver à crise

(O Negócio do Varejo)

Reinvenção e novas tecnologias são as palavras de ordem para superar a recessão.Solução foi debatida por especialistas do setor hoje no Rio de Janeiro.

O atual momento econômico que o Brasil enfrenta afeta a todos: empresários, consumidores, servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. Como sobreviver a ele e ainda aprender algo com esse momento é um desafio comum aos mais diferentes públicos.

Nesta sexta-feira (29/04), um grupo com cerca de 100 varejistas de todo o país se reuniu no Rio de Janeiro para debater as tendências do setor no atual cenário. Reinvenção e novas tecnologias são as palavras de ordem para superar a recessão.

 

Os especialistas, trazidos ao Rio pela Dotz – maior empresa de fidelidade por coalização do Brasil – para o evento, demonstraram que o desafio hoje é compreender os anseios de consumo da população, que voltou a gastar apenas com o básico, e pensar novas estratégias para se posicionar melhor no mercado.

Um dos pontos mais debatidos foi a influência da evolução tecnológica na maneira como as pessoas consomem. Para acompanhar é preciso se reinventar. A loja de departamento americana Macy’s foi citada como um caso de sucesso. A marca anunciou que iria fechar 36 pontos de venda nos Estados Unidos no primeiro trimestre deste ano. Em compensação, hoje configura como a sétima maior varejista online do mundo.

“O empresário no Brasil tem que olhar além deste cenário combalido para entender como se recolocar”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail. Serrentino e Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, foram os palestrantes do evento realizado nesta sexta-feira no hotel Sofitel de Copacabana.

Serrentino e Terra também compartilharam dez pontos que destacaram da NRF Retail’s Big Show 2016, o maior evento de varejo do mundo, que aconteceu em janeiro, em Nova York.

Leandro Torres, diretor regional da Dotz, lembrou que o programa começou sua operação física no Rio de Janeiro em novembro do ano passado e, em quase seis meses, mesmo durante a crise, já superaram a expectativa. “Estamos com mais de 1.150.000 clientes, o equivalente a 15 estádios do Maracanã. Isso mostra que o consumidor está buscando formas de driblar a crise e dando preferência a estabelecimentos e programas que lhes deem algum benefício concreto”, disse.

No Brasil, Dotz possui 18,7 milhões de associados e o banco de dados dessa gestão de relacionamento com o cliente. Serrentino e Terra pontuaram esse CRM como um dos melhores serviços do programa de fidelidade. “Conhecer os hábitos de consumo de cada um é uma ferramenta essencial para manter o estímulo de consumo”, disse Terra.

Legado positivo

Para quem pensa que não há perspectiva de melhora, os especialistas em varejo pontuaram situações positivas que vão ser, e algumas que já estão sendo, decorrência da crise:

– O mercado de trabalho sofreu um ajuste e houve redução do turnover de mão de obra.

– A postergação da entrada de novos competidores também pode ser encarada como algo positivo.

– O mercado brasileiro tem a oportunidade de se preparar mais e ser mais competitivo futuramente.

– Mas o grande legado da crise é o foco das empresas em produtividade, resultado do processo de corte de custos.

Palestrantes

Eduardo Terra

Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), sócio-diretor da BTR – Educação e Consultoria, docente de MBA e pós-graduação da Fundação Instituto de Administração (FIA) e professor convidado para temas de varejo na Cornell University, em Nova York.

Alberto Serrentino

Fundador da Varese Retail, boutique de estratégia de varejo. Consultor com mais de 30 anos de experiência em varejo e consumo, liderou mais de 100 projetos para empresas brasileiras e internacionais e é vice-presidente e membro do conselho deliberativo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

Sobre a Dotz

A Dotz é a líder de programa de fidelidade por coalizão do varejo brasileiro. Hoje, a moeda Dotz está presente em 13 praças e permite que o consumidor brasileiro ganhe Dotz em diversos lugares. Já são 18 milhões de consumidores e DZ 885 distribuídos por segundo, gerando mais de 10 mil trocas por dia.

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