valor

Varejo consistente tem alface fresca no domingo à tarde

O consultor Alberto Serrentino lança hoje o livro “Varejo e Brasil” com uma avaliação do mercado mais construtiva que seus pares. “Está sendo um ano péssimo num novo ciclo. Depois de uma década de amadurecimento, o momento atual é positivo.”

O consultor Alberto Serrentino lança hoje o livro “Varejo e Brasil” com uma avaliação do mercado mais construtiva que seus pares. “Está sendo um ano péssimo num novo ciclo. Depois de uma década de
amadurecimento, o momento atual é positivo. As empresas não estão mais adiando as decisões difíceis como fechar lojas que há anos eram deficitárias, estão focadas em produtividade por metro quadrado, por exemplo. Elas estão mais leves e robustas.” O varejo estava diante de duas “bombas-relógio” avalia. “O mercado imobiliário fora da real e um turnover que chegava a 100% em algumas redes. Agora os alugueis estão caindo e os funcionários estão mais comprometidos.”

No livro, editado por sua consultoria, a Varese, Serrentino descreve os ciclos de transformação do varejo e avalia a arquitetura de um negócio “simples na essência, mas complexo na execução.” Para ele, o momento é complicado para muitas empresas porque elas deixaram de olhar para o “básico”. Mas veja bem, este “básico” não é estático, nem generalizado. “Não adianta fazer o esforço da inovação se a execução for falha. É preciso ter equilíbrio e ser consistente todos os dias. Quer saber se um varejo de alimentos funciona? Vá num domingo à tarde e veja como estão as folhagens na seção de verduras. Ou vá no açougue na sexta à noite e confira se o sortimento está completo. Adianta o modismo se o consumidor percebe que não está sendo atendido no que deveria ser o essencial?” O que ele propõe no livro é a construção “em camadas” do negócio.

Na sua avaliação, o varejo de moda está diante de uma “janela de oportunidade”. “Com este câmbio, é o momento para as marcas nacionais reencontrarem seu propósito. O produto brasileiro foi desafiado todos estes anos. Então, quem sobreviveu precisa manter a disciplina, o foco, e ir em busca da diferenciação para ganhar o mercado externo. Porque só mercado interno não vai mais bastar. Não dá mais para viajar para o exterior para ver vitrine e copiar. Essa era já foi.”

 

Veja a matéria completa no Valor Econômico

Tags:
No Comments

Post a Comment