“Não existe omnichannel no Brasil”

Em entrevista a “O Negócio do Varejo”, Alberto Serrentino analisa as principais tendências

do varejo brasileiro.

Uma conversa com Alberto Serrentino é uma garantia de bom conteúdo. Imagine então quando ele é sabatinado pela equipe de O Negócio do Varejo, como aconteceu no final da semana passada. Em um debate com Ricardo Guinâncio, Lucio Moraes e Renato Müller, Alberto falou sobre vários temas que estão em seu novo livro. “Varejo e Brasil – Reflexões Estratégicas” será lançado na noite desta segunda-feira (26/10) na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo, e mostra, de forma simples e descomplicada, os drivers estratégicos do varejo brasileiro.

Na entrevista dada à equipe de O Negócio do Varejo, Serrentino fala sobre o ainda incipiente omnichannel no Brasil. “Estamos muito longe ainda de caracterizar modelos de negócios omnichannel, porque isso está se construindo por tentativa e erro, é uma grande e longa jornada”. Para ele, não há empresa no mercado brasileiro que tenha visão única do cliente, ausência de barreiras entre os canais e engajamento das pessoas para que os clientes possam se relacionar com as marcas, escolher produtos, comprar por vários canais, de uma forma transparente. “O discurso é muito lindo, mas a prática é árdua: vislumbrar um modelo de negócios sem fronteiras entre canais permite percorrer essa jornada, mas antes de pensar em omnichannel é preciso ser relevante no mundo digital. Se a empresa não for boa no comércio eletrônico, fazer omnichannel é um discurso vazio”, afirma.

O caminho para o omnichannel exige enfrentar e superar o atual momento da economia. Para Serrentino, o “choque de realidade” trazido pela crise não é de todo ruim, uma vez que, por exemplo, valoriza mais os empregos e faz com que a geração Y não tenha uma infidelidade tão grande.

Para o consultor, as empresas sairão da crise mais fortes do que entraram, uma vez que a governança corporativa vem se tornando cada vez mais forte, mesmo em empresas familiares, e a administração financeira mais profissional impedirá que, como em crises anteriores, ocorra uma devastação no mercado. “Este é também o momento de fazer uma lição de casa, tomando decisões que seriam difíceis em períodos de alta. Fechamento de lojas deficitárias e de linhas de produtos e um olhar crítico sobre a produtividade do PDV e das pessoas são medidas que costumam ser postergadas nas épocas positivas”, comenta. “No momento em que retomarmos o crescimento, as empresas estarão mais bem estruturadas”, acredita.

Veja a matéria completa no O Negócio do Varejo

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